O Hospital Regional de Araranguá (HRA), no Extremo-Sul do Estado, realizou pela primeira vez, na manhã desta segunda-feira (19), uma cirurgia para captação de órgãos. O procedimento beneficiará cinco pessoas que estão à espera de transplantes. Foram captados dois rins, duas córneas e fígado. O HRA é administrado pelo Instituto de Desenvolvimento de Ensino e Assistência à Saúde (Ideas)
A autorização para o procedimento partiu dos familiares da doadora, que era moradora de Araranguá e tinha 60 anos. Conforme o médico Julhano Capeletti, vice-presidente do Ideas, o procedimento significa um diferencial da entidade na forma de gerir a saúde. “Incluímos o hospital num seleto grupo de instituições de saúde que ajudam pacientes que precisam da doação de órgãos, oportunizando uma melhor qualidade de vida a elas”, enfatizou o médico.
A doadora deixou dois filhos e, segundo eles, ela sempre foi muito caridosa. “Nada mais justo do que deixar como legado mais um ato de bondade”, destacou o filho mais novo, voluntário da Apae. O procedimento durou pelo menos três horas e envolveu dez profissionais. Conforme o corpo clínico, a palavra que mais definiu o procedimento foi “agradecimento”. “Como profissional, vejo a possibilidade de poder dar esperança para várias pessoas que necessitam de um órgão para sobreviver. E como pessoa, vejo o renascimento de alguém que já tinha perdido a esperança de continuar vivendo. Já para a instituição, vejo como um crescimento para a equipe, pois é a primeira vez que captamos órgãos aqui, E isto só foi de acontecer graças ao empenho e ao comprometimento de toda equipe interna e da Central de Transplantes do Estado”, ressealtou Larissa Teixeira Martins, gerente de Enfermagem do HRA.
Participaram da cirurgia as profissionais Larissa Teixeira Martins, Kelly Chris Machado, Noelma Maria da Silva, Luana Araújo, Rosemary Sandrini, Janaína Machado, Júlio César Cechinel e Marcus Eduardo da Silva, bem como anestesista Thiago Della Bruna e a médica residente da anestesia, Carla Brascher.